segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Somatório Multiplicado

















Virando a última página,

do meu livro de rascunhos

posso enfim escrever

o nosso

romance

e então viver uma verdade menos egoísta

Uma realidade menos óbvia

Menos mim pra somarmos mais ambos

Posso viver

e enfim confundir

a escrita e a transcrição

num único curioso processo

de cosmos duplicados

como complementados

caos que enfim vira música

místico que enfim vira mistério

ciência que enfim perde a arrogância

e aceita a dúvida

como parte integrante

da natureza de estar vivo

e vivendo, e flutuando

um estar apaixonado

e sendo, e amando

um somar se libertando

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Árvores Nômades





















Procurei muito sem encontrar

até que decidi criar

minha própria paz

minha capacidade própria de ser feliz

e consegui.


Para realizar minhas

mais satisfatórias alegrias

criei um caminho pra conhecer você

e o nosso encontro foi rápido,

dinâmico o nosso conhecendo


















e agora é de repente tão insuportável

a expectativa de querer te rever

de repente a paz se dissolve em ansiedade

e o peito, o peito arde e arde

e os ponteiros fazem barulho

o tempo passa quase parando

que desejo explodir essa angústia


mas no cansaço das expectativas

me pego sonhando acordado

indo ao primeiro toque

o encontro, os olhares, as dúvidas

as incontestáveis certezas...


















cada dia parece preencher anos de minha existência

cada hora parece me levar à um novo-estado

e o tempo simplesmente não existe

de tão dinamizados que ficamos

numa sintonia viva


meus lábios sorriem

a expectativa ainda dói

mas alegrias das memórias vivas

cheiros inconfundíveis, cores na respiração

me preenchem com as emoções mesmas

e o tempo finalmente deixa de existir

novamente... assim, sintonizado

cinético, enraizado, duplo... multiplicado

como árvores nômades e livres,

criativas, libertárias e expostas raízes



quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Máfias do Saber


















Desconstruindo fatos

na objetividade de produção

notícias são inventadas

escadaria da hegemonia de vendas

mentir dá dinheiro

e o inteligente mascarado

na real? É um caloteiro

de si mesmo

caminha inversamente

dentro de seu próprio labirinto

consciente ou não

hierarquiza o conhecimento

subtrai culturas

recria miséria e violência

reforça irrelevâncias

confunde, manipula, sensacionaliza

desconstrói a vida

divulgando, impondo-se

à base da força do ilusionismo

numa exploração da ignorância alheia

introjetados palpites

subliminares normas e convites

os povos, calam, dissolvem-se, tristes

esmagados por tropas de cruéis elites

de plástico sangram indecisas orquídeas

neste mosaico de eras e indefinições

neste pluralismo da Idade Mídia

Confirmações



















Clamando, amando, gritando

e a música toca

nas moléculas da atmosfera

com suas ondas de rádio

pirateadas por uma tecnologia de nacionalidade qualquer

e ele ouve aquelas palavras no ar, aqueles sons e melodias

toda aquela ventania que musical lhe adentra o abdômen

com emoções, quase planejadas de tão exatamente desejadas,

ao acaso? - se pergunta

precisa ir, precisa buscar

tudo confirma-se

no universo que apresenta-se

“Então vá fazer o que te faz feliz

não troque a liberdade por pura ilusão

use sua cabeça e também seu coração”

e sem hesitar

não sente remorsos

vai, deixa o que “tem pra fazer”

e tudo que parecia inadiável

de repente torna-se inerente

vai ser feliz, agora

Vestir-se da alegria de viver

ser o que há de mais biointeligente

vivendo por inteiro, completa-se

sendo o todo, o viver, corpo e mente.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Sinergias do Tempo




Agradecendo; engrandecendo

Fico a observar cada detalhe de teu rosto. E você dorme e nem sabe que estou ali, te amando. Talvez saiba, seus lábios carnudos quase sorriem, como se estivesses também sonhando na mesma intensidade que vibram minhas retinas a namorar tua luz. As montanhas por teu corpo são minha maior fonte de mistério. Curvas, retas, pêlos, cicatrizes, poros, a íntegra geologia do teu ser, essa história viva e a tua plácida respiração, como um bebê crescido, criança madura, juventude à flor da pele, no estado existencial que irradia o que há de mais vivo em ti.

Nada mais pode ser tão evidente quanto a perfeicão que crio através dos devaneios que sou capaz de viver com você. Epifanias, tão vivas quanto as dúvidas que se apagam. A vida, de repente, parece que se tornou mais transparente. As cores estão mais nítidas, sinto cada profundidade, cada curva e tom; o movimento de cada coisa que miro, e vibro, vivo, vivas todas as coisas, todas as coisas tão vivas quanto eu, que jamais se repetirão, essa genuína e eterna virgindade de todas as coisas.

O silêncio entre nossos olhos é rico e intenso, parece nele caber todo o preenchimento do meu ser. Me visto em meu próprio corpo, talvez inédito, completamente livre e feliz, nu e satisfeito. Conheço cada respiração do universo, e um chôro, quase que emergindo de solidões a muito amortecidas pela névoa de uma sinistra infância forçosamente esquecida ou reinventada, sobe pelos meus músculos, invadindo meus tecido e células e fluindo junto com o magnetismo do meu sangue por toda a homeostase de minha orgânica existência.

O suor do prazer parece levar consigo o mesmo sal das lágrimas que não ousei chorar em infância. Criança forte que aprendeu cedo a amarrar o rosto como que para se compreender, pura necessidade de encontrar a capacidade própria do auto-controle. Força, que invadindo na tentativa de segurar os tremores, os medos e as dores, me machucava ainda mais. E essa força bruta e acumulada de repente se dissolve numa nova força intensamente mais poderosa: a força do movimento, a força do agora.

O suor pinga por nossos corpos brilhantes. Sais e seres misturados, movimentos confundidos, objetivos sintônicos, felicidade intrínseca.

Sempre falei ou escrevi muito sobre o amor, mas só agora entendo o quão imaturo sou, ou talvez seja, o amor, incondicional e essencialmente habitado por mistérios grandiosos.

Nascem incontáveis seres humanos em incontáveis hospitais, casas e tribos por todo o mundo. Morrem outras tantas incontáveis pessoas, únicas por natureza. E eu morro e nasço para aprender de novo que nada sou se não o movimento que no mundo imprimo, cada movimento que o mundo me faz e eu recrio-o.

Parece imprescindível que se aprenda muitas e muitas vezes a não se saber de nada. Açudes que desaguam-se em rios velozes até o dinamismo máximo de se dissolverem em oceano, ondas, correntezas e marés, e o mundo todo em nossos lábios, o terremoto de nossas línguas, tsunamis internos, salivas que dissolvem nossos hábitos, renovam nossos hálitos nos habitando com este imenso calor e esse requinte luxuoso de uma superioridade de existência, um afago da inocência na sabedoria, unidas pela pureza translúcida da mais envolvente alegria e bondade. Sinto-me grato, infinitamente, infinita...mente, agradecido e imenso.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Arquétipo Vivo

















Lágrima repentina
e muita felicidade
gota de cristalina Alegria viva

Contigo...

Fico tonto, mas é bom

pois o mundo gira

quando observo teu cheiro

sinto vertigem, e é boa

quando olho seus olhos

e neles

adentro o mundo inteiro

fico sério, e é consciente

de tamanha alegria

[o que há de mais importante neste mundo]

e vivo

a desenhar este mistério

Analogias















Existe o conhecimento

o isolamento

o crescimento

a mente

e a SuperAção


Mas ao mesmo tempo

existe a humildade

a comunhão

o aprendizado

a gente

e a Emoção



A sensibilidade é uma razão inconsciente



















É como...

geratriz da nossa consciência racional

(existe razão pura?)


A lógica temporal da sensibilidade

é própria

não calcula, não limita

apenas cria

ao interpelar

a realidade coletiva

pra produzir uma realidade individual

que quando queremos

se torna também coletiva, espacial

Imagine
























Não tente descobrir o que eu imaginei

imagine você


Minhas palavras não são roteiros

nem esboços

e somente quem lê

pode dizer o que são

estas palavras lidas

é você quem escreveu

com os olhos

e o olhar

que sai de dentro de você...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Sendo e somos
























Serão enigmas ou mistérios

as transformações que ultrapassamos

no misturar duas salivas

dois ritmos orgânicos

linguagens, culturas... mista essência?


Porque um fenômeno vital

invade circunstancialmente

por repleto desejo inevitável

à um outro foco de sintonia viva?


Que fronteiras são estas

que um beijo é capaz de abolir?

Que represas são estas

que um abraço consegue desfazer

e alagarem-se terrenos mutuamente?

Que calor é este que sobra

e sobe e se desdobra numa erupção

de lavas frescas como segredos e surpresas?


Que movimento é esse

que uma unitária consciência

deseja expandir-se numericamente?

Que postulado sustentará

essa ilógica do Amor

onde do infinito ao unitário

tudo pode se tornar una-sensciência?



CriaDentro











































Mais um passo

e liberdade

sempre

entre

um passo

e

outro

entre

passo pelo espaço

criando-o

meu próprio ser

cria toda a paisagem

ao pertencer-lhe

ouço:

mais um trago do vento

trago nele

mais um momento

de silêncio

que voa feito pólen

deslizo a mão pela terra

sinto o som do sol

caindo em minha pele

a infância amanhecida pelo calor

fico apaixonado, visceralmente

observando os besourinhos vermelhos

os barulhentos movimentos

a transbordar vida

em cada poro

desta geografia

que no momento me faz

e faço

da imaginação

no horizonte nasce um traço

ilhas de edição a flutuar

como barcos

olhando pra dentro de meus próprios olhos

crio minha própria condição

de encontrar do lado de fora

tudo pelo que grato sou



O que se leva da vida é a vida que se leva...









Não me interesso muito por história porque tenho um interesse inabalável no Agora, no Hoje. Mas para conhecer este hoje não seria imprescindível como o ontem tornou-se o agora? Imprescindível? Não! O que foi, o que será e o que é estão em intrínseca e constante transformação.














O passado não é imutável. Não, esta frase não é tão absurda quanto parece se você refletir um pouquinho. Pense o seguinte, o passado só existe através de uma percepção presente que você tem do mesmo. Sendo assim você pode mudar o seu passado a todo instante. Ele é tão mutável quanto o presente, tão volúvel quanto o futuro. Uma vez que agora você é capaz de mudar a sua percepção do passado, ou as convicções sobre fatos no passado, você muda-o inteiramente, dentro de você. Pense bem, o passado não existe se não em sua forma de pensá-lo agora, fora isso ele sequer pode existir. Mudando o COMO você pensa sobre o passado, você altera-o completamente. Tudo que resta do passado hoje só existe sob a forma das emoções que este passado faz em ti manifestar. Se mudas estas emoções, o passado não é mais o mesmo, já que este, na prática, sequer existe. Não existe passado, apenas o reflexo emotivo dos acontecimentos que memorizamos. Vale focar o COMO se pensa este passado, ao invés do QUE propriamente. Os fatos não mudam, mas os acontecimentos... nós os criamos e recriamos a todo instante em que pensamo-los e/ou vivemo-los.


~

Uirá

Felipe

Grano

Gaspar

~

sábado, 13 de outubro de 2007

Bom dia Dois Irmãos












Mututalidade Natural, Mutualidade Desejada

Palavras apenas, virtuais, e já podíamos antever, como num presságio causado, anterior e justamente, pelo desejo de ser (pleno), a avalanche que nos arrastaria, enfim, juntos.., numa mutualidade de independências apaixonadas. Nadamos em solos concréteis, flutuamos em sensações e emoções inéditas, de tirar do folego a capacidade de verbalizações, tão limitadoras à infinitude de tais experiências. Na vertigem de um crescimento exponencial, sorrimos, espantados, inquietamente satisfeitos diante do mergulho num mistério, tranquilamente eufóricos, que tentamos, de alguma forma na união de nossos códigos sensitivos e comunicacionais mesclados pela mutua admiração, gerar um movimento vital tal que possamos considerar como esboço para se trilhar a tentativa de compreender do Amor as curvas que o horizonte de seu significado ecoa pela nossa mutante concepção de universo. Algo cresce desde que nos encontramos, e desde então tudo no mundo parece celebrar que o que somos é exatamente aquilo que desejamos ser, e assim, vivemos felizes.

Uirá Felipe

A colher dor...














Porque sinto essa rasgante e imensa saudade inexplicável

de estar de um jeito que nunca estive

viver certos sentimentos que jamais conheci??

Quem inventou essa palavra, saudade?

Poeta, provavelmente,

seja nas palavras escritas

ou cantadas

o poeta me sufocou com

este significado tão amplo

e tão paradoxal

que se emana

de dentro de mim

filho do lusitanismo literário

nascido na america norte

mas amigado mesmo

com as culturas não verbais

do extenso brasil

que a cada dia me enriquece

com seu espírito de mãe baiana

seus braços abertos

seus sorrisos e perigos

sei jeito de não ter conceitos estáveis

só sendo sempre o mesmo

por ser assim

apaixonante, envolvente...

Acolhedor

sábado, 6 de outubro de 2007

utoviva















Vivas-Utopias-Vivas

Sou o não existir
porque existo sob qualquer forma
de existência
do virtual concreto
à concreta incompletude
Ator, atuo, aturo: velhice-juventudes cinestésicas
Sou o que seria se fosse, sendo o que não é (porque ainda não existe)
sou qualquer coisa que finge ser
e é, e não é, e sendo o que pode não ser e o que não pode, mas é
sou do paradoxo o que tem de nexo
sou da lógica e a loucura um sexo
entre semelhantes não complementares
de distancias presentes, me aproximo
mesmo quando sem querer com a vida rimo
Proximidades distantes
onipresença localizável
ecos, bocejos, variantes deuses ou universos
ou EU´s, ou formas de sentir... de ser, ecos
Sou o peso sonâmbulo
leveza imprevisível de um pendulo
entre um e outro movimento
Dos sonhos sou inocência consciente
da insônia sou sonhos acordados,
vida sonhada, criada
e de toda destreza escravizada
sou feiúra enfeitada
A beleza na pintura estigmatizada
preso (ou livre) na atemporalidade
nas palavras póstumas
no consumismo de falsas individualidade
Sou o Fugere Urbem escondido em cada cidade
o silêncio aflito de um protesto
a calmaria de um caos sem contexto
sou a mentira invertida, verdades que crio
verdades que nego
hipocrisias que ignoro
o controle disfarçado de progresso
sou também o que temo
coragem para inalar tanta sujeira
e depois voar continentes e universos
à procura de existas belezas que invento
Sou ruínas, muros da libertação
sou raízes, estações, gerações, espécies
Sou tudo que há de vertigens equilibradas
Riscos, perigos, rabiscos, rascunhos
da perfeição com que penso
vivo, aquém de toda tirania
sou a mistura alquimíaca de movimentos
Sou choque entre ondas, visíveis ecos
sou a lava vulcânica dentro dos protestos
sou o que não resta, invento-me, vivas-utopias

Uirá Felipe

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Alegria Viva













Toda verdade é viva

porque

estando atrelada à um espaço-e-tempo

está, portanto

em constante transformação

dinamismo, era da informação:


nenhuma verdade pode ser imutável

.

.

.

Tiro as roupas

quero sentir com todo o corpo a nudez do mundo

quero escrever sem sentir-me mascarado

mas não há som na nudez

a cristalinessência me deixa mudo de espanto

e entusiasmo, eletricidade paralisante

é como se qualquer musica pudesse habitar-me


mas antes que as palavras percam seu contexto

coloco um chapéu, uma cor, um papel

papel-marchê

e cito a civilização

esse pêndulo

entre

inutilidade_&_necessidade


Uirá Felipe

VORAGEM



















Voragem . . .

(Vertigem+Coragem)

. . . pra voar sem sair do chão

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Sinto-me encurralado
na guerra entre dois mundos
um me pertence
o outro me devora
As pessoas, de um dos lados
me julgam em cima do muro

mas no meu universo não existem muros

Uirá Felipe

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"E que amanhã tudo talvez
Nos apareça claro como foi no início
A mesma ilusão de amor nos faz saltar feliz
De um novo precipício

E então vamos sentir de novo
O gosto da eternidade
E confundir instantes de alegria com a real felicidade

Ou, sem percebermos,
Os dias irão passando como um trem sem estação
E lá estaremos nós com os pés no chão
Mas encostando o céu com a palma das mãos

Tudo é possível, não há nada que se possa deter
O que era impossível acaba de acontecer"
[ Tudo é possível - Paulinho moska]

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Indefinição Ativa
















Onde está a poesia?

Alguém recortou-lhe o espírito

e a colagem foge ao universo verbal

ilha de edição? Continentes, planetas..

Um poema hoje, não tem versos

são idéias puras

desvinculadas de toda fisicalidade possível

onde está o poeta?

Hoje ele se esconde

Medo de se tornar um “big”brother...Medo?

Hoje ele está disfarçado, por detrás das lentes,

ou de um pincel, um lápis ou abraçadoà uma prancha

escondido num túnel cinético de água, espuma e iemanjá

transveste-se como um palhaço, puro disfarce

porque já perdeu seu corpo, sua forma

sua função de não ter função

é o poeta ou o poema que já não tem corpo?

E que diferença isso faz?

Ele fala...

A poesia virtualizou-se numa constante reedição

num photoshop surReal

que é comente ouvido

por aqueles que tem olhos poéticos

(é preciso olhos bem abertos pra ouvir as sutilezas que geme a Terra)

A crueldade romântica libertou-se dos auto-flagelos sentimentalistas

agora ela é puro entusiasmo incondicional

e finalmente soltaram-se as amarras semânticas,

Cinestésicas, misturaram-se ao rio de tudo

o Amazonas da arte, que

despreparadamente organiza

a composição de uma bagunça

bagunça de sentidos, sublimando-se à foz, beijo no mar

beijo por inteiro, dissolve-se... pouco a pouco nas correntezas inúmeras

CapEta-lirismo... Capetalismo, consumismo; Kptal-ISMO

No sal conservam-se os infinitos “ismos”

que já não intensionam sequer significar

e no movimento de ruptura de uma onda que atravessa o oceano adentrando continentes e se misturando ao pulso da paisagem invisivelmente eu... grito:

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Procura-se













Procura-se uma família

procura-se um emprego, ou NUM emprego...

procura-se no jornal, numas revistas...


Programas de todos os tipos nas televisões,

num noticiário, no rádio, naquele belo filme,

numa novela, um desenho, na beleza do carnaval

nas curvas da paisagem, nos segredos dos ventos

no som das chuvas, dos pensamentos, num recital...


procura-se um porque, porque?

procuram-se inúmeras respostas

procuram-se perguntas?

(pergunto eu)


Procura-se, disso sabemos

porque vivemos, sentimos

procuramos...

pro cura amos ...

pR 0 Cur -A- m o S

até a procura se fragmentar...


Procura-se procurar,

ou procura-se encontrar?


O que me motiva?

Não entender, criar...


Procurar já é um encontro?

Ou encontrar é a verdadeira procura...(?)


As verdadeiras perguntas

são simples afirmações.

As verdadeiras respostas

são complexas indagações


Uirá Felipe

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

h-Á-migos

















Quero amigos sabiamente calados
destes que não tenham nada a me dizer
nada por querer ouvir
destes que o silêncio não precisa ser disfarçado com palavras
destes que compreendem
o prazer de compartilhar
utopias reais,
sonhos, sorrisos
e todo este infinito
de dividirmos, especiais,
as sutilezas de existir.

domingo, 2 de setembro de 2007

OuçAlém



















O silêncio
me parece
é um tipo de música
que canta
infinitas
de nossas intimidades

e tenho atentado
meus ouvidos
à este vazio
capaz de pleno
capaz daquilo exato
que eu definir
com as emoções pensadas
e os pensamentos emocionados

e este é o melhor exercício
pra esculpir todo o restante
de nossas
coletivas realidades...







sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Tudo é possível, basta agradecer...


sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Só(,) rio

































SONHO com uma sociedade coletivamente inteligente, verdadeiramente integrada, em comunhão com os universos naturais, explorando suas riquezas e utilidades de maneira livre e criativa, sonho com uma organização orgânica e desejo o fim desta desordem burrocrática que pouco a pouco vai contaminando as pessoas numa crença de que tudo é muito difícil, quando na realidade não é, se assim não desejarmos, se fizermos que seja uma outra coisa que não a que já está. Sonho com um alto falante mundial de voz doce, com habilidade para projetar os mais viscerais, singelos e catárticos poemas, todos de amor, de um amor maior que a palavra e que o significado dela, de um amor maior que a compreensão, que seja transmitido pelo doce desta voz global, pelo timbre em harmonia poética com instrumentos divinos que fariam todas as pessoas que assim desejassem, sorrirem. Seria lindo de ver meu sonho no tamanho que o sonho. Mas me alegro imensamente com os inesquecíveis sorrisos que já atraio para mim e SORRIO.


SERENiDADE



















Haviam muitas distâncias

e de repente a consciência

somada à uma paixão pela observação

fez romper todos os constrangimentos

diante da reaglutinação cultural

provocada pela transgressão das fronteiras

em nos conhecermos tão entregues

numa 'etno-alquimia' de comunicação visceral

dum onde-e-quando em que a maneira de se olhar

é infinitas vezes mais relevante

que o jeito com que se fala ou gesticula.

A capacidade para dividir o silêncio

e compartilhar o vazio

revela a disposição

para se dividir a si mesmo

compartilhar o universo

multiplicar o infinito

dar vida ao impossível.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Suas emoções definem o seu destino


















"Todo momento de crise

é uma oportunidade de evolução"


¬¬




















Quanto tempo terá esse tempo sem nexo
essa coisa que vai e volta
e que nunca se foi
e que nunca chegou?
e está sempre por alguma coisa
sempre... por.
Por alguma coisa...
totalmente sem explicação

Porque tanta saudade
e tanta atenção?

Porque tanto paradoxo?
E do sofrimento que compartilhamos
onde está o desfruto da alegria
de nos sabermos plenamente vivos?

Mas que droga!
Que droga de raiva que sinto
que sinto tanto quando penso você
que me perco e que me encontro
e que ando voando
quando te vejo viver

e de que nos adiantam poemas?
Tanta vida, tanta poesia...
E todo este mosaico de letras
palavras confusas
línguas misturadas, gírias, emoctions
e mesmo assim, atrás disso tudo
e toda essa distância
porque sempre fora tão simples assim
enxergar você?
¬¬
Porque é tão não somente difícil mas
talvez provavelmente com certeza
impossível
não desejar ... por ti.




















“Me alegra muito e me enche o espírito de vida

fazer o bem as pessoas e todas as coisas.

Não importa que tipo de pessoa de animal ou que lugar,

eu quero praticar esse bem que se multiplica através de mim.”
















"Não tente apenas entender o que não tem explicação,

...TENTE VIVER"


Utopia Viva


























“Me habitam inúmeras utopias
animal em eterna modulação
quero viver na vida a poesia
a mais sublime e essencial
de todas as criações”

Uir4 Felipe

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Origami











desdobro-me

na ânsia de encontrar

das dobras minha essência

e me re-dobrar-me

num eu-mesmo

que crio

na eterna dobradura

diária

dos pensamentos

guiados pelas emoções

que melhor me vestem

em me fazer satisfação

enigmas existenciais do cotidiano

vivendo num sonhar

que é o sonho

o próprio caminho

que em si mesmo se eterniza

num pulso inspirado

dos tambores duma utopia viva


Uirá Felipe